Quiosque Financeiro 🗞️#10
Oferta de Mini-Curso gratuito de Análise de Ações. Há muito ruído a longo prazo, portanto mantém-te investido e não empobreças. E como figura Portugal no ranking da produtividade?
👋 Olá, o meu nome é Jorge. Bem-vindo a mais uma edição da minha newsletter. Tenho como objetivo acelerar a literacia financeira e ajudar a ‘descomplicar’ o conceito de investir, em Portugal. Invisto desde 2018.
A edição número #10 do Quiosque Financeiro é especial e traz uma surpresa.
O mês de Agosto é patrocinado pelo Borja on Stocks. Assim que ao longo do mês, vou partilhar contigo novidades e conteúdos exclusivos.
O Borja on Stocks é um Serviço de Apoio ao Investidor em Ações. Conta com uma biblioteca de mais de 2.400 análises a ações, em português, e um track record invejável nas cinco bolsas onde recomenda ações.
Querem conhecer melhor o seu trabalho? Nada melhor do que aceder a um curso 100% gratuito. Basta clicares no seguinte link:
Um Mini-Curso gratuito de Análise de Ações.
Neste mini curso tens acesso a 6 vídeos curtos de cinco minutos onde vais aprender o que são ações, múltiplos, PSR, EPS e como se calculam estes rácios de avaliação usados por analistas.
No final tens um pequeno quiz sobre o Mercado de Ações, para testares o teu conhecimento.
O Quiosque Financeiro 🗞️ é uma lista curada e um post semanal no teu email, dos melhores recursos financeiros disponíveis na net que encontrei (ou explorei) nessa semana. À tua disposição para ires aprendendo mais e impressionares os teus amigos.
Sem demoras, a tua dose de conhecimento financeiro da semana em 3 bullet points.
P.s. Importante! Para tirarem maior proveito dos pontos discutidos, ler ou aceder em mais detalhe cliquem nos títulos que estão ‘‘hyperlinkados’’. Todo o conteúdo que está sublinhado tem um link associado.
Exemplo: o meu nome é Jorge e este é o meu Linkedin.
1. Há sempre uma razão para vender. Joga a longo prazo!
Aproveitando o patrocínio deste mês, trago um gráfico do S&P 500 que mostra em apenas 5 anos inúmeras razões para vender os teus investimentos. Em inglês, o chamado Panic Sell - que muitas vezes depois só para comprar mais acima.
A maioria daqueles que tenta entrar e sair do mercado acabam por não conseguir bater o retorno do mercado. A meu ver é importante eliminar o ruído e manter o foco no longo prazo seja nas ações, ETFs ou o produto financeiro escolhido.
Adoro a frase por baixo do gráfico!
A definição de insanidade é fazer a mesma coisa vezes e vezes sem conta e esperar um resultado diferente.
Escrevi sobre o tema aqui com a ajuda de um estudo da JP Morgan, dá uma vista de olhos.
2. Não empobreças ao longo dos anos.
Retém o teu poder de compra ao investir.
Por isso é que, na minha opinião, investir é superior a poupar. Isto assumindo que já tens um fundo de emergência adequado ao teu nível de risco.
A Casa de Investimentos partilhou um ótimo post onde compara diferentes classes de ativos.
Por um lado a taxa de juro de 2,5% da nova série dos Certificados de Aforro, apesar de atrativa quando comparada com um depósito a prazo, que paga 1%' a 1,5%, está muito abaixo da taxa de inflação, de cerca de 6%.
Para manter o poder de compra os investidores precisam de ter taxas de retorno líquidas nos seus investimentos iguais à inflação.
A imagem abaixo ilustra o impacto da inflação num investimento de 10 mil euros em depósitos à ordem, a prazo e ações ao longo de 40 anos, assumindo uma taxa de inflação de 3%.
No fim deste período, se tivesses investido num depósito a prazo, os 10 mil euros comprariam o equivalente a 5.561€. Se o montante estivesse parado em depósitos à ordem, os 10 mil euros iniciais valeriam cerca de 3.066€.
As ações assumindo 8%, que está em linha com o retorno dos índices de mercado mais de 60 mil euros.
A forma de não empobrecer é investir em ativos que remunerem o dinheiro a taxas superiores à inflação.
3. Portugal está a afundar no ranking da produtividade europeia
O Jornal Eco e o autor Luís Leitão públicou o ranking de produtividade dos países europeus. Como é fácil constatar, estamos lá para baixo. Vê o progresso de 2011 a 2016 a 2022.
O baixo nível de produtividade é uma das grandes barreiras ao crescimento e ao desenvolvimento de qualquer país. Que o diga Portugal: há pelo menos 10 anos que se mantém na cauda da produtividade da Zona Euro e há seis anos que está a definhar no ranking europeu.
Atenta que em 2016, Portugal até apresentava um nível de produtividade do trabalho superior ao atual e conseguia ficar à frente de cinco países da Zona Euro. Mas, no espaço de seis anos, foi ultrapassado pelos três países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), e no contexto da União Europeia foi ultrapassado pela Croácia (que este ano aderiu à Zona Euro), Roménia e Polónia.
Estes números são um murro no estômago e uma “chamada de alerta” para a a ilusão da “convergência” com a Zona Euro que tantas vezes ouvimos por aí.
Em 2022 acabamos assim. É crucial reverter estes números rapidamente, para bem do futuro de Portugal e da carteira dos portugueses.
Importante ter cuidado a analisar esta estatística da Produtividade, uma vez que em 2022 existem dois países com números bastante inflacionados.
O caso da Irlanda e da Holanda. Irlanda é o mais flagrante, por ser já há muitos anos, uma espécie de “offshore“ em termos fiscais usada pelas maiores empresas do mundo. A Irlanda tem um sector de tech/software muito desenvolvido, com as gigantes tecnológicas como Apple, a Alphabet (Google) e a Meta (Facebook), todas aí sediadas.
Atendendo aos cinco milhões de habitantes da Irlanda isso resulta numa riqueza não conforme à realidade económica do País.
Gostaste? Partilha com alguém. Demora 3 segundos e estarias a ajudar-me.
E, como sempre, não deixes de me dar a tua opinião e feedback directamente no Linkedin ou no Twitter. Qual foi o teu ponto preferido acima dos 3? Tens outras sugestões? Por favor, diz-me.
Vamos falando, bons investimentos!
Disclaimer
Aqui vais encontrar informação e opiniões do autor, o que não vais encontrar é aconselhamento individual nem recomendações
Todas as informações, opiniões, racionais, análises e outros conteúdos são partilhados de forma livre e informativa.
Esta newsletter é para os investidores que conseguem tomar as suas decisões de investimento sem aconselhamento. Não sendo analista financeiro o autor não providencia aconselhamento individual nem recomendações de investimentos.
Adicionalmente é importante tomar as próprias decisões e verificares por ti mesmo, de forma independente, os factos e dados apresentados, apesar da informação aqui constatada ser obtida de fontes que acredito serem fidedignas.
Bom dia. Porque que é os Países Baixos são considerados como um caso inflacionado e comparado com a Irlanda?
Sobre a produtividade, como é um tema que escrevo, fico a pensar se vale mesmo a pela prosseguir a produtividade. Contudo, olhando para o público português, há muito trabalho a ser feito por isso em Portugal, vale a pena continuar a falar sobre produtividade. Porquê? Porque falta-nos a primeira componente que é o planeamento. É isto que temos de aprender.